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sábado, 24 de maio de 2014

Confusão é descobrir que apenas viveu instinto...



Beleza x Emoção


A beleza que agrada os instintos nem sempre é a mesma que acolhe a emoção.
O instinto é iludido pelos olhos, conduzido pelo aroma e escravizado pelo toque.
A emoção vive de entregas, de afinidades, da cabeça no colo, a mão o ombro, de olhar carinhoso e gestos confiantes.
Tristeza é descobrir que fez confusão, que viveu apenas instinto no lugar da emoção.

Com o tempo...

Na  frequência das coisas mais simples


Tenho aprendido com o tempo, que a felicidade vibra na frequência das coisas mais simples.
Que o que amacia a vida, acende o riso, convida a alma pra brincar, são essas imensas coisas pequeninas bordadas com fios de luz no tecido áspero do cotidiano.
Como o toque bom do sol quando pousa na pele. 
A solidão que é encontro. O café da manhã com pão quentinho e sonho compartilhado.
A lua quando o olhar é grande.
A doçura contente de um cafuné sem pressa.
O trabalho que nos erotiza.
Os instantes em que repousamos os olhos em olhos amados.
O poema que parece que fomos nós que escrevemos.
A força da areia molhada sob os pés descalços.
O sono relaxado que põe tudo pra dormir.
A presença da intimidade legítima.
A música que nos faz subir de oitava.
A delicadeza desenhada de improviso.
O banho bom que reinventa o corpo.
O cheiro de terra.
O cheiro de chuva.
O cheiro do tempero do feijão da infância.
O cheiro de quem se gosta.
O acorde daquela risada que acorda tudo na gente.
Essas coisas. Outras coisas. Todas, simples assim.
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